sábado, 30 de junho de 2018

181*

sexta-feira, 29 de junho de 2018

180*

quinta-feira, 28 de junho de 2018

179*

quarta-feira, 27 de junho de 2018

178*
Na próxima exposição em que participar tenho que fazer um diário de bordo, porque a minha memória não é suficiente para guardar tudo o que acontece. 

Esta manhã foi prolífera:

A monarquia em Portugal não acabou, disse com uma raiva semi-contida. Ai, cá vamos nós, pensei e respondi: Suponho que o senhor seja monárquico. Ouvi o sim mais orgulhoso de sempre. Falou muito e sempre a testar-me, às tantas uma questão colocada de forma importante: Você tem linhagem?, ao que respondi: Sim, povo mais povo que eu impossível. Apesar do choque que teve, a coisa parecia que iria continuar, quando fui salva por uma rapariga, uma repórter, que estava a gravar uma entrevista ali ao lado e vinha pedir silêncio, pois a voz grave do senhor estava a fazer interferência no sistema de som. O meu cérebro saltitou de alegria e gritou: Obrigada, mil vezes obrigada. Foi-se embora, não sem antes me segredar: Estas coisas só me acontecem a mim.
Isto é o que se chama ter o rei na barriga.

terça-feira, 26 de junho de 2018

177* 
Há uns anos li um livro de Reinaldo Arenas, de que não me recordo do título, mas do qual apontei isto: Estas coisas acontecem porque nos sistemas políticos sinistros também se tornam sinistras muitas das pessoas que os suportam; não são muitos os que podem escapar a essa maldade delirante e envolvente que mata quem dela se exclui. Referia-se à ditadura do seu país, lendo os jornais convenço-me da fragilidade do sistema democrático, que é o melhor que conheço, e em como facilmente se torna sinistro. Erdogan conseguiu destruir a democracia do seu país lindíssimo, Chavez e agora Maduro transformaram a Venezuela naquilo que nem consigo imaginar. Putin tem ar de quem vai ter uma vida longa, os russos nunca tiveram muita sorte em relação aos seus políticos... reverter uma ditadura para uma democracia é muito mais difícil, como se pode ver com o que aconteceu com a Primavera Árabe. Os ditadores podem morrer, podem ser depostos, presos, julgados, mas há sempre novos ditadores a nascer. De um modo geral um bebé quando nasce chora, um ditador nasce quando começa a dominar os jornais. Fake news é um termo muito utilizado por um tipo sinistro e não será por acaso que Michelle Wolf aponta um dedo acusatório aos jornalistas, a única comediante que o faz directa e repetidamente, dizendo que a eles se deve o facto de ter chegado e ainda permanecer no poder.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

176*

domingo, 24 de junho de 2018

175*

sábado, 23 de junho de 2018

174*

sexta-feira, 22 de junho de 2018

173*

quinta-feira, 21 de junho de 2018

172*

quarta-feira, 20 de junho de 2018

171*

terça-feira, 19 de junho de 2018

170*

segunda-feira, 18 de junho de 2018

169*

domingo, 17 de junho de 2018

168*

sábado, 16 de junho de 2018

167*

sexta-feira, 15 de junho de 2018

166* estar em exposição é ter uma porta aberta para toda uma série de aventuras:

A música de baile entra sem educação pela porta e grita eu gosto de mamar nos peitos da cabritinha,  concluo que não posso voltar a dizer que gosto de todo o tipo de música, porque não é verdade.

O senhor L. entra sem cumprimentos, discursa sobre a importância da música no cinema que não é a mesma que se ouve porque a paisagem não foi pintada com Caran d'Ache, eu fui lá e entreguei-lhes, logo no Mosteiro dos Jerónimos e em Azeitão, no sábado estive sentado nessa cadeira, é um lugar apelativo, com visão, escrevi-lhes e eles leram com atenção, na estação de Sete Rios... 
Interrompe o monólogo quando quer, uma vez demorou 45 minutos, um dramaturgo teria ali uma fonte ilimitada de surrealismo. Sai sem despedidas.

Os turistas que andam em rebanho à procura de um dos dez lugares a não perder e que perdem tudo o resto, espreitam de boca aberta e fogem quando lhes sorrio.

A miúda super simpática e sorridente, que à entrada estica a perna, mostra o seu pé descalço e me pergunta posso entrar assim? Habituada certamente ao enxovalho de quem se preocupa apenas com a superfície.

O cão preto e branco, reluzente, de orelhas bem penteadas, traz os seus humanos pela trela e observa tudo com atenção. Antes de sair deseja-me um bon jour.

Os casais alemães jovens, com uma média de 3,2 filhos, com idades inferiores aos cinco anos, falam imenso, enquanto as crianças louras e já altas saltitam por ali sem agendas. Aproveitem pequenitos porque daqui a nada têm um monte de regras para cumprir e só uma semana de férias por ano no sul da Europa para beber e vomitar pelas ruas, isto até também vocês terem 3,2 por vossa conta. (Eu sei, eu sei, a taxa de natalidade na Alemanha anda e é bem mais baixa, mas parece que os que vêm aos Algarves são todas as excepções).

A professora reformada que anda em luta contra a barbárie que quer assassinar a língua portuguesa, assino a petição com muito gosto, mas sem a a sua convicção nacionalista.

E claro não me posso esquecer dos que fazem uma ginástica imensa para eu não ver que estão a tirar fotografias, quando não estão proibidos de o fazer. Parecem uma personagem para rir do pior agente secreto do mundo.

E cada dia há pelo menos mais uma aventura nova, basta abrir a porta e esperar, até dia 30 de Junho, das 9.30 às 21.30h, no Armazém Regimental em Lagos.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

165*

quarta-feira, 13 de junho de 2018

164*

terça-feira, 12 de junho de 2018

163*

segunda-feira, 11 de junho de 2018

162*

domingo, 10 de junho de 2018

161*

sábado, 9 de junho de 2018

160*

sexta-feira, 8 de junho de 2018

159*

quinta-feira, 7 de junho de 2018

158*

quarta-feira, 6 de junho de 2018

157*

terça-feira, 5 de junho de 2018

156*

segunda-feira, 4 de junho de 2018

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domingo, 3 de junho de 2018

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sábado, 2 de junho de 2018

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

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