quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

bom yeoreum gaeul gyeoul geurigo bom*
Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera é um filme coreano do realizador, argumentista e actor Ki-duk-kim. Há uns anos tive a oportunidade de ver com uns amigos, no cineclube de Olhão, o seu Bin-jip (Ferro 3) e adorei! Este encontrei-o na biblioteca e é também muito bom!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

paraguaçú* ontem de tarde saí com a máquina para tirar umas fotografias à antiga estação de comboios. Enquanto estava por ali encontrei um casal de navegadores muito simpático, que conheci há alguns anos. Estavam a despedir-se de José Tavares, o remador que vai agora fazer a travessia do Atlântico a solo.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

equipa da ACTA, no cenário da peça George Dandin
que noite tão estúpida, deixar-se escurecer a este ponto*
há uns anos fui ver a hilariante peça "George Dandin", de Molíére, apresentada pela ACTA. E esta frase ficou gravada num recanto celular da memória. Ontem o dia foi todo ao lado. Ao lado do que era para ter sido e ao "lado" de pessoas de quem gosto muito.  E antes de adormecer lá estavam a saltitar as palavras "que noite tão estúpida, deixar-se escurecer a este ponto".

sábado, 23 de fevereiro de 2013

dêem-me duas velhinhas eu dou-vos o universo*
assim que o encontrar à venda, terei todo o gosto em comprar para ouvir mais disto! Tiago Pereira explica aqui o que faz, resumidamente: filma velhinhas e eu gostava de as fotografar e desenhar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013




the real toy story*é um extraordinário trabalho do fotógrafo Michael Wolf. Para ver mais aqui.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013




diários*em 1987 a minha tia ofereceu-me um diário, depois da minha irmã me explicar o que isso era, comecei a escrever. As páginas foram-se acumulando com a descrição de acontecimentos típicos de uma criança e depois de uma adolescente e mais tarde passou a ser uma forma de organizar ideias, sonhar, desabafar frustrações, rabiscar uns desenhos. Nunca escrevi com intenção de os reler ou de os dar a ler, por isso há já algum tempo que tinha decidido que estava na hora de os enviar para a reciclagem. Peguei então na tesoura e cortei os doze cadernos, às tiras, no fim olhei para o saco e a palavra avante estava ali a sorrir-me.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Sheena Iyengar
decidir*Quando se trabalha com crianças que não se conhece e não se conhecem, a organização de uma actividade tem que ter em conta todos os pormenores, especialmente quando o tempo é limitado. Nas oficinas que tenho feito nos últimos anos observei um fenómeno muito interessante. As minhas colegas e eu, durante a preparação das actividades achávamos sempre que era importante que os participantes tivessem tempo e liberdade para pensar e decidir o que queriam fazer em determinados exercícios. Das primeiras vezes que dissemos para eles decidirem alguma coisa, achei estranho que isso fosse um problema e o caos acabava por se gerar na sala. Mesmo que tivessem apenas que decidir entre duas cores. Depois passou-se a limitar essa liberdade mais para o final das actividades.
Na semana passada organizei uma oficina de desenho com três exercícios diferentes. No primeiro tinham que desenhar o que estava escrito na folha. E assim o fizeram, sem perguntar nada, não tiveram qualquer dúvida. Cumpriram o exercício, mas fizeram as suas próprias escolhas, desenharam livremente e acrescentaram aquilo que a imaginação lhes ditou. No segundo, dei uma ordem muito específica, mas pouco habitual. Aí, alguns participantes perguntaram o que é que eu queria dizer com aquilo, mas propositadamente não lhes respondi, e disse que não podiam fazer mais perguntas. Esta atitude ditadora não afectou a sua imaginação e os resultados foram espectaculares. No terceiro exercício pedi-lhes que criassem uma personagem, à sua vontade e sublinhei que podiam fazer o que quisessem, só tinham que lhe dar um nome e dizer do que essa personagem gostava e não gostava. Aqui trabalharam em folhas maiores e com mais tempo. As dúvidas começaram a surgir todas ao mesmo tempo: "podemos pôr a folha ao alto?" "pode-se pintar?" "pode ser um animal?", fui sempre dizendo que tinham liberdade total, que podiam decidir à vontade o que queriam fazer. Os resultados foram bons, mas pareciam presos por uma força invisível que não os deixava muito à vontade.
Cumprir ordens foi relativamente fácil, mesmo que tenham tomado decisões enquanto as cumpriram, mas quando decidir dependia apenas deles, tudo se tornou mais difícil, especialmente porque não tinham que escolher entre opções propostas.
Há uns dias vi esta apresentação de Sheena Iyengar e ajudou-me a perceber melhor como funciona isto de decidir. E tive algumas ideias para pôr em prática numa próxima oficina.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013




cortiça*estive a brincar com rolhas que fui pedindo a amigos no fim de jantares. Já nem estranham e até dizem "lá vais levar mais lixo para casa". Ainda me sobraram estas, mas ainda não sei bem o que fazer delas...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013






carnaval de Odeáxere*escrevo Ode e não Odi, porque sou teimosa nestas coisas. Ode deriva do árabe ued e significa rio. Até há alguns anos, a ribeira de Odeáxere tinha muita água, tanta que em certas alturas do ano só uma pessoa era capaz de a atravessar. Quando alguém precisava de alguma coisa da outra margem iam chamar uma tia avó minha, que era a única que se atrevia a entrar na corrente brava. Segundo o que o meu pai conta eram muitas as pessoas que iam ver a proeza da travessia que fazia no seu carro de bestas "nem os homens tinham coragem de se meter por ali fora". Não querendo desvalorizar a sua coragem, mas os pobres dos animais deviam ser bastante valentes, não é qualquer animal que se deixa guiar com água acima do dorso.

domingo, 10 de fevereiro de 2013



era uma vez...*por vezes tenho receio de me estar a divertir mais do que os participantes das oficinas. Adoro ver as folhas brancas a ficarem preenchidas com histórias, as que eles querem contar e as que nós vemos. A tarde de ontem foi muito bem passada, na sala de actividades da biblioteca de Silves (com uma vista bonita e uma luz incrível). Gostei muito dos resultados quer das crianças, quer dos adultos que as acompanharam.
Cada vez mais acredito no poder do desenho para tornar as pessoas mais felizes. Acredito que todos podem desenhar e muito bem! A minha ideia de desenho bonito e bem feito não é o desenho realista, é aquele que consegue mostrar o que se viu, o que se sentiu, o que se imaginou, o que se quer contar.
Na minha opinião todos temos essa capacidade, só que uns desenvolvem-na e outros deixam de a usar. Tenho muita pena que nas escolas se esteja a cortar cada vez mais nas disciplinas de desenho, música, artes e ofícios, filosofia, língua portuguesa e estrangeira. Já se nota a dificuldade de expressão e compreensão das pessoas, mas daqui a uns anos será mais evidente. Ontem, mesmo os participantes mais tímidos, conseguiram mostrar e explicar mais do que alguns jovens de vinte e poucos anos. Ouvir e ler o que dizem e escrevem alguns recém licenciados é arrepiante.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

há 34 anos, a minha mãe tinha 34 anos*

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

OFICINA 
Era uma vez...


Atelier para famílias, idade mínima 5 anos

Biblioteca Municipal de Silves, dia 9 de Fevereiro, sábado, às 15.30h 

A inscrição pode ser feita através:
do telefone: 282 442 112
ou por mail: biblioteca@cm-silves.pt

Horário de Funcionamento da Biblioteca:
3ª a 6ª feira – 10.00h – 19.30h
2ª e sábado – 14.30h – 19.30h
Encerra: domingos e feriados

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

roupa* faz hoje um ano que não compro qualquer artigo de vestuário. É possível que ao longo da minha vida já o tenha feito, até durante mais tempo, mas nunca de forma intencional. Já há alguns anos que tudo aquilo que não uso, e não estou a falar só de roupa, ofereço ou vendo. Não gosto de ter só por ter e prefiro ter espaço do que acumular. Depois de ler um artigo sobre a percentagem de roupa que se tem em casa e que não se usa, não me recordo qual era a média, mas era um número elevado, pensei "realmente há coisas que tenho que raramente uso, mas não é possível que seja tanto". Como sei que temos a tendência a achar que não fazemos os mesmos disparates que os outros abri o roupeiro e analisei-o com atenção. Posso dizer que fiquei bastante envergonhada, porque até um vestido com a etiqueta do preço encontrei.
Durante este tempo não senti qualquer necessidade de comprar o que quer que fosse, mas também não passei a usar tudo. Continuo a vestir sempre o mesmo, por isso chegou a hora de decidir: ou passo a vestir tudo o que tenho ou ofereço-o. É ridículo ter as coisas guardadas.

domingo, 3 de fevereiro de 2013







La double vie de Véronique*de Krzysztof Kieslowski. A primeira vez que ouvi falar deste filme foi, há uns anos, no Teatro Lethes, em Faro, num encontro sobre cinema, organizado pelo Cineclube. Na altura mostraram esta cena, da qual não gostei particularmente, mas mesmo assim ficou na minha lista mental de filmes a ver. Só ontem tive a oportunidade de o fazer (mais uma vez graças a um encontro feliz na biblioteca) e descobri que tenho um problema... os filmes que mais gosto ou são comédias (mas daquelas a sério, não o género leve e agradávelzinho), ou dramas tremendos, ou uma conjugação perfeita das duas coisas, de que A vida é Bela, é um excelente exemplo. Bem, A dupla vida de Véronique é um drama invulgar porque despe as personagens de grandes qualidades e de grandes defeitos, mostrando antes o que sentem, para que se perceba o que são, e neste ponto, mas só aqui, achei-o semelhante a Shame de Steve McQueen. Uma das minhas cenas preferidas é esta.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013





expo* trabalhar, arrumar, empacotar, transportar, desempacotar, dispor e esperar.