sexta-feira, 30 de junho de 2023

semana número 26*

Quando as temperaturas são dadas a extremismos, tiram-me o sono. Nem chegámos aos 40º e o meu corpo implora por temperaturas mais civilizadas. 

Há que ver o lado positivo, como o calor me faz sentir tão mal, sinto-me mesmo fisicamente mal, agarrei-me aos livros que tinha trazido da biblioteca e fui para outros lugares. Vantagens de ser uma florzinha de estufa fria - as noites crescem.

Li:

Dias Úteis, de Patrícia Portela - mais um pequeno livro de pequenos contos. O sentimento ao ler foi o mesmo que tenho com certos sonhos/pesadelos.

O Escravo, de José Evaristo D'Almeida - daria uma excelente ópera, um vilão mau, um herói bom - o escravo, uma heroína bela, uma escrava devota, uma bruxa com sede de vingança e a descoberta de ligações familiares a roçar o incesto. Dito assim parece anedótico e os seus diálogos tornam-no anedótico, pelo menos aos meus olhos de século XXI, mas na verdade temos aqui um romance de meados do século XIX, escrito sobre e em Cabo Verde, por um homem de quem se sabe pouco, apenas que nasceu em Portugal, que viveu décadas no dito arquipélago e acabou por morrer na Guiné- Bissau. O autor tem uma mente progressista, apesar da sua escrita ultra-romântica. Há um claro amor a Cabo Verde e aos seus habitantes e a descrição do batuque tem algo de moderno... gostei de o ler.

Campo de Sangue, de Dulce Maria Cardoso - personagens sempre muito, muito interessantes e  desenvolvimentos surpreendentes. Gostei muito.

Vi: 

Escape Room - gostei de algumas coisas. Achei os cenários e a ideia de sobrevivência interessantes. Gostei da actriz Taylor Russel.

Antebellum ( Escolhida) - Gostei. Não há como negar, gosto mesmo de histórias sobre fugas ou tentativas de libertação. Neste caso tem a vantagem de ser ainda mais profundo do que isso.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

semana número 25*

Tentei terminar de ler, estive perto, A Imaginação de Jean-Paul Satre, mas acho que o meu nível será mais Psicologia/Filosofia para totós... O livro é pequeno e estava tão empolgada quando o comecei a ler, mas depressa se revelou demasiada areia... É uma análise crítica de como a imagem é entendida por diversos autores, ao que parece nenhum chegou a uma conclusão certa. Há frases em latim e grego, sem tradução e as referências não são muito contextualizadas, portanto é uma obra para quem percebe da coisa. Talvez consiga encontrar algo do género, mas mais ao meu nível... Mesmo assim tenho questões: 1. Como é que todos estes pensadores explicam a imaginação para pessoas que nunca viram, ou ainda mais complicado para quem não vê, nem ouve? 2. Como se aplicam, ou poderão ser aplicadas todas estas teorias à Inteligência Artificial?

Vi:

- GhostBusters (Caça-Fantasmas) de 2016 - Tenho pena que com actrizes com tanta experiência em comédia o filme não seja melhor, a escrita é pobrezita. As actrizes foram raptadas do SNL. 

A melhor piada do filme foi mais uma referência ao filme Tubarão:

Erin Gilbert (Kristen Wiig) - Please don't be like the mayor on Jaws!

Mayor Bradley (Andy Garcia) - oh uh uh Ne Never compare me with the Jaws Mayor, NEVER!

É giro ver um monte de referências e os actores dos filmes originais aparecerem aqui e ali. O facto de  objectificarem Kevin (Chris Hemsworth) e o tornarem a pessoa mais imbecil do universo é suposto ser uma vingança a todas as actrizes muito bonitas que tiveram que interpretar as personagens mais imbecis do universo? 

- Sanctuary of Fear (Padre Brown, Detective) - um filme de 1979, não é grande coisa, mas as calças, as saias maxi e uma blusa usadas pela actriz Kay Lenz são muito bonitas. Sempre gostei das calças dos anos 70. É interessante como quase todos os actores do filme falam ainda como nos filmes dos anos 40/50, comparando com o filme do mesmo ano, Kramer vs Kramer, em que Merryl Streep e Dustin Hoffman já falam como pessoas. Um actor por muito bom que seja não pode transformar um mau texto, num bom texto, mas sem dúvida que consegue fazer com que pareça melhor. Já um mau actor faz um texto que não é grande coisa cair no desfiladeiro da mediocridade.

- O documentário Motherhood in the World of Ballet - interessante, tirando a óbvia dificuldade de retomar um trabalho físico tão exigente, após uma gravidez, parece-me que as ansiedades e dúvidas serão comuns às de outras mães que têm empregos. As náuseas que me dá ver como são tratadas as mulheres, que decidem ser mães, nos Estados Unidos... Se não fosse a grande doutrinação que as crianças recebem, desde cedo, de que vivem no melhor país do mundo, não sei se não haveria um maior êxodo de Norte Americanos para outros países.

- Adrift (À Deriva) de 2018 - não é um bom filme, mas tem coisas bem feitas.

Terminei as saias tutu, fiz cinco, todas diferentes e só com coisas que tinha no meu ninho de materiais, sim guardo coisas estranhas, mas acabo por fazer alguma coisa com elas (não as mostro, por enquanto , porque são para oferecer). Agora estou a pensar fazer uns convites para um chá...

sexta-feira, 16 de junho de 2023

semana número 24 *

Revi Back to the Future (Regresso ao Futuro) partes I, II e III, estive sempre com um sorriso na cara, envelheceram bem, mesmo que em 2015 não tenhamos tido carros voadores. Ora há mais de trinta anos houve muito que me escapou certamente, duvido que soubesse o que era roupa interior Clavin Klein, quem era Clint Eastwood, entre muitas outras coisas. A cena mais cómica de todas? Em 2015, no cinema, está em exibição o filme Jaws 19, em letras mais pequenas está escrito - This time is really really personal e o realizador é Max Spielberg (esta só agora é que poderia entender). São filmes divertidos com pormenores engraçados.

Vi Marie Antoinette - Ballet moderno que passou na RTP2, achei quase tudo bonito.

As saias tutu estão quase, quase.



sexta-feira, 9 de junho de 2023

semana número 23*

Vi: 

Wonder Woman 1984 (Mulher Maravilha 1984) - não gostei, foi o primeiro que vi deste género, por isso não sei se os outros são assim tão fraquinhos. O que achei mais giro foi a Diana em pequenita.

Im Westen nichts Neus (A Oeste Nada de Novo) - muito bem feito e em termos de som quase como há muito desejo que se faça num filme de guerra, quase. O que quero é um filme sem música. Nada contra soldados a cantar, pelo contrário isso faz, ou, pelo menos fez, parte da guerra, (e neste caso é uma das formas em que se mostra a diferença de moral na marcha para a guerra, na estadia agradabilíssima nas trincheiras, depois no quase armistício e no fim de tudo. O que não gosto, sobretudo nos filmes americanos, é das músicas escolhidas e onde são usadas. Neste filme optaram por um som electrónico dramático que funciona muito bem. Há sequências extraordinariamente bem feitas, como as fardas dos soldados mortos a serem lavadas, remendadas e preparadas para a carne para canhão seguinte. A cena mais dura é a que se passa na cratera enlameada em que Paul e o soldado francês se encontram. A imagem da raposa com as crias fez-me lembrar a natureza noutro grande filme de guerra - The Thin Red Line (A Barreira Invisível).

Safer at Home (#FicaEmCasa) - o conceito não era mau, mas o filme é bastante. 

Avancei pouco nas saias tutu, esta não foi uma semana boa.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

semana número 22*

No sábado de manhã fui à biblioteca entregar uns livros e requisitar outros, quando vinha a caminho de casa encontrei o meu velho amigo M., sempre que estou com ele relembro-me de que há pessoas com as quais me sinto normal e sem ter aquela vontade enorme de fugir e esconder-me numa gruta.

Vi:

A Simple Favor (Um Pequeno Favor) - gostei de algumas coisas, tem uns segundos de uma música de Zaz de que gosto muito, aliás tem mais algumas músicas francesas giras. Será que há mesmo pessoas que se sentem super atraídas por badboys (no caso bad girls)? 

Dois episódios da nova temporada da série Vera, adoro as paisagens rurais.

Mais uns episódios sobre ceramistas portugueses, gostei muito.

No ano passado desmontei os sofás velhotes da sala, guardei tudo o que estava em boas condições - madeiras, esponjas, tecidos. Já usei quase tudo, chegou a vez da esponja. Com uma parte vou fazer os colchões da cama da ervilha, já os cortei toscamente e os restos cortei em pedaços para fazer enchimento. Com esse enchimento comecei a fazer uma uma almofada/cama para a F.

Quando estava a escolher tecidos para fazer os colchões "saltaram-me" uns restos de tule para as mãos e fui obrigada a fazer o que me veio à cabeça. Tenho duas saias tutu iniciadas, uma terminada e outras já desenhadas (um grande desvio à minha lista de afazeres, se calhar tenho que me rebelar mais vezes às listas).

Quase todas as quintas feiras a minha irmã e eu somos vítimas de um boicote desavergonhado, temos um plano de combate, a ver se resulta...