domingo, 30 de abril de 2023

semana número 17*
(com algum atraso)

Li: Mar seco, gelado, quente são 21 de repente de Jorge Listopad, com ilustrações de Henrique Cayatte, contos minis, com algumas ideias giras. 

Vi: 

O Desaparecimento de Sidney Hall - gostei, mas com as tentativas de surpreender o público, tem algumas falhas desnecessárias. 

Guillermo Del Toro's Pinocchio Handcarved Cinema - interessante, tenho pena de que não tenham mostrado mais. As diferentes escalas com que trabalharam, foi o que mais me surpreendeu.

Snooker - Vi as três sessões dos quartos-de-final entre O'Sullivan e Brecel e partes da semifinal entre Selby e Allen. Agora já só falta a final... 

Visita Guiada - sempre gostei deste programa, numa semana estamos a ver as casas de uma divisão da Mina de São Domingos onde viviam dez pessoas, e noutra o palacete de férias, em Sintra, de um banqueiro e da sua mulher.

No Domingo fui à biblioteca, atrasei-me, tentei dar indicações a um casal perdido, mas sem sucesso, o que eles precisavam era de um telefone para falar com quem os ia receber e não tenho, quer dizer, agora tenho, mas está desligado e guardado. Foi sempre um objecto com que não tive uma boa relação. Um aparelho para falar à distância em qualquer lugar, ou em quase, é sem dúvida uma invenção excelente e útil, mas a nível pessoal é uma máquinazinha de tortura. Não é fácil explicar, mas falar é um verbo mesmo muito difícil para mim.

Almoço de família na segunda feira, barulho, muito, que há quatro pessoas com problemas auditivos, duas delas falam aos gritos, para se conseguirem ouvir a si próprias e os outros gritam para ser entendidos. Desde 2019 que não estávamos todos juntos.

Na quinta-feira trouxe para casa as cadeiras mais giras que já encontrei ao pé do lixo, eram seis, mas trouxe só duas, as outras ficaram para outra pessoa. Já lhes tirei os assentos, que era a única coisa que tinham estragada. (Acho que tenho um fraquinho por cadeiras). 



sexta-feira, 21 de abril de 2023

semana número 16*

Li: 
Cartografias de Lugares Mal Situados (10 Contos da Guerra) de Ana Margarida de Carvalho, gostei muito, gosto muito de contos.

Vi:

L!fe Happens (A Vida Acontece) - tem momentos em que parece que vai num bom caminho, mas é só aparência. Muitas caricaturas e pouco carácter. Este tipo de filmes escritos por homens fazem mulheres frágeis que precisam de um homem que cuide delas, escritos por mulheres, fazem mulheres que não acreditam em relacionamentos, mas que têm que acabar com homens que as ensinam a gostar...

Don't Breath (Nem Respires), de 2016 - gostei. Tenho tendência a gostar de filmes em que as personagens tentam escapar de uma "prisão".

Parte do Campeonato do Mundo se Snooker, tal como patinagem artística ou ginástica artística, ténis de mesa ou algumas provas de atletismo, são desportos que gosto de ver. Este é daqueles em que o género não importa,  e não só, pode ser-se baixo, alto, gordo, magro, mais velho, mais novo, uma vez que em jogo estão as capacidades de concentração, de estratégia, de controlo, espero que nos próximos anos, quando as atletas tiverem mais experiência comecem a participar em finais deste género.

Houve um incidente com manifestantes ecologistas, a acção foi simples, perturbar e chamar a atenção.  Foi apenas uma ocasião em que é mais fácil fazer este tipo de coisa, onde a segurança não é tão apertada, e onde há alguma visibilidade. Compreendo porque os activistas continuam a fazer este tipo de manifestações, mas questiono-me se há algum efeito positivo. 





sexta-feira, 14 de abril de 2023

semana número 15*

Esta semana enveredei pela fantasia.

Li: 
O Grande Livro das Princesas, com textos de Joan e Albert Vinyoli e ilustrações de Sara Ruano. Algumas ilustrações têm pormenores muito interessantes, mas muito mal escrito. Cada estória parece o resultado de um jogo de telefone estragado. Não percebo porque não foram contadas como deve ser. Sim, são na maioria, muito conhecidas, mas não é por isso que devem ser contadas de qualquer maneira.

Vi:

Os quatro filmes The Hunger Games (Os Jogos da Fome) - Até que enfim uma heroína humana e sem super poderes e que tem medo, muito medo, afinal não é isso que torna tudo mais heróico? Katniss Everdeen tem traumas, e a cada filme mais traumatizada fica. Percebe-se como vai sendo usada de formas diferentes e por quase toda a gente, também ela o percebe o que gera o grande conflito: aquilo que estou a fazer é bom, ou só estou a piorar as coisas? 

Para além de Jennifer Lawrence que representa muito bem Everdeen, saliento Stanley Tucci, que é excelente em tudo o que faz. 

Paradise Hills (Raparigas Rebeldes de Paradise Hills) - quando aquilo que se acha mais interessante num filme são as mangas de um vestido e um corpete que parece uma camisa de forças, é sinal que o filme não é grande coisa.

Pinocchio, de Guillermo del Toro e Mark Gustafson - tão bonito e com pormenores tão bem feitos. Acho a técnica stop motion tão fascinante. Precisamente por estar tudo tão incrivelmente bem feito não consigo perceber porque razão decidiram fazer um Geppetto tão velho no início do filme. 

Cunk On Earth (O Nosso Mundo, Segundo Philomena Cunk) - Adorei, já não me ria assim há imenso tempo. Gosto sobretudo de que, no meio das suas observações e questões absurdas, surjam ocasionalmente  opiniões tão acertadas. Espero que sejam feitas mais temporadas, acho que ainda há muito para explorar.

Esta semana não avancei nada com a cama da Princesa da Ervilha, mas aqui ficam as fotografias de quando fiz a escada.





sexta-feira, 7 de abril de 2023

semana número 14*

Li: 
Americanah de Chimamanda Ngozi Adichie, mais uma vez difícil de pousar (para uma próxima vez já sei que livros desta senhora é melhor começar numa sexta-feira, porque não os consigo largar até terminar), gostei mais de A Cor do Hibisco, mas este também é bom. O livro não é sobre isto, mas fiquei a pensar que a forma como a personagem principal, uma mulher bonita, inteligente e atraente se relaciona com homens é estranha, assume que eles têm o papel de a adorar e magoa-os muito. Talvez esteja a ser muito dura com Ifemelu, mas em todos os seus relacionamentos sérios foi assim que a interpretei. 
Ifemelu sentiu-se negra pela primeira vez nos Estados Unidos, numa entrevista, Trevor Noah disse precisamente a mesma coisa, e ele viveu os seus primeiros anos no Apartheid e a adolescência numa África do Sul a tentar reformar-se. A minha amiga E. vive na Califórnia há alguns anos e das primeiras impressões que me transmitiu foi de que há uma obsessão dos americanos pela raça, de etiquetar as pessoas.

Vi: (esta semana não me senti muito bem, por isso tentei animar-me com uma overdose de filmes)

The Father (O Pai) - com Anthony Hopkins e Olivia Colman - gostei muito.

I See You (À Espreita do Mal) - gostei, mais um classificado como de terror, mas é um drama/mistério.

Agatha and the Truth of Murder (Agatha e a Verdade do Crime) - entretem, uma criação do que Agatha Cristhie teria feito de facto quando desapareceu em 1926.

A Nice Girl Like You (Uma Boa Menina Como Tu) - é bastante mauzito, uma jovem mulher com problemas de intimidade, ao terminar o namoro, o namorado diz que ela é demasiado inibida dizendo que é pornografiafóbica. É bastante absurdo que intimidade e sexo continue a ser confundido como sendo o mesmo. Este tipo de filme é mesmo uma desilusão a retratar mulheres, homens e relacionamentos. Valeu pelo belo sorriso de Leonidas Gulaptis.

The Guernsey Literary and Potato Pie Society (A Sociedade Literária da Tarde de Casca de Batata) - Finalmente a prova de que um filme com a estrutura passada a papel químico de qualquer filme de Hallmark, pode ser giro, apesar de ser igual a dezenas e dezenas de filmes péssimos. Basta colocar um cenário de pós-guerra muito bem feito, bons actores que não parecem manequins com cirurgias plásticas e voilà já não é péssimo, não é excelente, mas depois de se ver não parece que perdemos células cerebrais essenciais para continuar a viver.
A estrutura: mulher bem sucedida com um noivo podre de rico, sente-se perdida, vai para uma zona rural isolada onde se encontra. Torna-se instantaneamente amiga intima de uma série de pessoas que adoram o homem mais maravilhoso do mundo e em poucos dias ela e ele apaixonam-se, não lhe diz que está noiva e o noivo aparece para vermos a desilusão nos olhos do homem mais maravilhoso do Universo. Ela regressa para a cidade grande onde vive, percebe que não pode casar com o noivo. Ela e o homem mais maravilhoso de todas as galáxias reencontram-se, casam-se e vivem felizes para sempre.  Tudo muito casto e simples. (A única coisa que acontece em todos os outros e não aqui - odiarem-se quando se conhecem).

The Shallows (Águas Perigosas) - éc, mauzito, mas gostei das soluções McGyverianas.

The Curse of La Llorona (A Maldição da Mulher que chora) - péssima maquilhagem da personagem fantasmagórica, quase adormeci, e vi durante o dia. Mas tem algumas cenas boas. Engraçado que dias depois vi no Público uma referência a um filme La Llorona, também de 2019, será que se baseia na mesma lenda?

The Prodigy (O Prodígio) - gostei de algumas coisas. Fim aberto para uma continuação?

Um episódio da série de Visita Guiada da RTP2, sobre a casa de Veva de Lima - gostei muito. 

Fiz:

Dois folares que não saíram nada bem... 

Estou a fazer uma cama da Princesa da Ervilha, foi começada em 2021, e estou determinada em acabar nas próximas semanas. A ideia é usar apenas materiais que já foram outra coisa, e tenho tanta coisa no meu ninho de esquilo, que acho que consigo. E vou tentar não usar pregos ou parafusos. Este torneado está quase pronto: