semana número 34*
Li:
Terminei de ler Deception de Philip Roth - este livro é construído apenas por diálogos, um escritor chamado Philip (talvez a primeira ilusão) conversa com as suas amantes, com o seu amigo casado com uma das suas amantes, com a sua mulher. A mentira é uma constante ao longo do livro, mente ao amigo, mente à mulher, as amantes mentem, todos mentem. Só depois de o terminar é que percebi algumas das conversas.
A Minha Primeira História de Portugal - comprei este livro há uns anos, por causa do ilustrador, mas só agora é o que o li na totalidade, é um vómito de propaganda nacionalista e colonialista, só faltou dizer que Salazar foi o máximo, aliás quase que o fizeram. Numa obra de 1982, com actualização de 1996, esperava algo melhor. Gostei de quase todas as ilustrações, mas a capa é péssima.
Lillias Fraser de Hélia Correia - há frases muito boas, a ideia não é má. Ao longo da leitura pensei várias vezes, como é que isto vai acabar? O fim foi decepcionante e precipitado.
Vi:
Munich: The Edge of the War (Munique à Beira da Guerra) - é interessante, mas quando a realidade e a ficção se mistura, acaba por ser estranho...
Poltergeister - gostei como a família e a casa foram apresentadas. Apesar de não ter sido realizado por Spielberg, parece. As escadas para o piso superior da casa foi o que achei de mais assustador.
A Hidden Life (Uma Vida Escondida) - Terrence Malick tem esta capacidade de mostrar paisagens deslumbrantes, planos lindíssimos enquanto as pessoas vão sofrendo e muito.
Um assimilado numa das suas tentativas de convencer Franz a jurar lealdade a Hitler diz: "a consciência é uma coisa perigosa transforma as pessoas em cobardes". É particularmente perturbador que alguém que vivia no meio de montanhas, numa vida comunitária bem estabelecida, em que a maioria das pessoas eram agricultoras, uma pequena povoação austríaca, intocada pela guerra, excepto no que diz respeito à mobilização militar, tivesse discursos de ódio contra refugiados e estrangeiros e dissesse que os os homens são enviados para a guerra para defenderem a sua terra (quando na realidade iriam juntar-se ao exército agressor e invasor).
Uma pequena curiosidade: o actor August Diehl em Uma Vida Escondida é um objector de consciência austríaco e em Munique à Beira da Guerra é um nazi alemão assustador. Achei-o mais convincente como personagem assustadora.
Algumas provas do Campeonato Mundial de Atletismo, fico sempre maravilhada com o que os atletas são capazes de fazer. Adoro quando ficam contentes com os seus resultados.
Costurei mais uma estrela e cortei mais uns tecidos.