semana número 26*
Quando as temperaturas são dadas a extremismos, tiram-me o sono. Nem chegámos aos 40º e o meu corpo implora por temperaturas mais civilizadas.
Há que ver o lado positivo, como o calor me faz sentir tão mal, sinto-me mesmo fisicamente mal, agarrei-me aos livros que tinha trazido da biblioteca e fui para outros lugares. Vantagens de ser uma florzinha de estufa fria - as noites crescem.
Li:
Dias Úteis, de Patrícia Portela - mais um pequeno livro de pequenos contos. O sentimento ao ler foi o mesmo que tenho com certos sonhos/pesadelos.
O Escravo, de José Evaristo D'Almeida - daria uma excelente ópera, um vilão mau, um herói bom - o escravo, uma heroína bela, uma escrava devota, uma bruxa com sede de vingança e a descoberta de ligações familiares a roçar o incesto. Dito assim parece anedótico e os seus diálogos tornam-no anedótico, pelo menos aos meus olhos de século XXI, mas na verdade temos aqui um romance de meados do século XIX, escrito sobre e em Cabo Verde, por um homem de quem se sabe pouco, apenas que nasceu em Portugal, que viveu décadas no dito arquipélago e acabou por morrer na Guiné- Bissau. O autor tem uma mente progressista, apesar da sua escrita ultra-romântica. Há um claro amor a Cabo Verde e aos seus habitantes e a descrição do batuque tem algo de moderno... gostei de o ler.
Campo de Sangue, de Dulce Maria Cardoso - personagens sempre muito, muito interessantes e desenvolvimentos surpreendentes. Gostei muito.
Vi:
Escape Room - gostei de algumas coisas. Achei os cenários e a ideia de sobrevivência interessantes. Gostei da actriz Taylor Russel.
Antebellum ( Escolhida) - Gostei. Não há como negar, gosto mesmo de histórias sobre fugas ou tentativas de libertação. Neste caso tem a vantagem de ser ainda mais profundo do que isso.