sexta-feira, 22 de setembro de 2023

semana número 38*

Terminei de ler Rebecca de Dapnhe du Maurier, tinha visto a versão cinematográfica realizada por  Hitchcock e a mais recente de 2020, e quando encontrei um volume em inglês na biblioteca, fiquei toda contente, achei que podia ser bom. O livro é muito melhor que os filmes, apesar de a primeira versão ser muito mais fiel aos acontecimentos e ao carácter das personagens, ambos pecam por se desviar de uma parte que acho de extrema importância: quando Jack Favell apresenta um bilhete e tenta extorquir dinheiro a de Winter, que reage de uma forma que surpreende, e muito, a sua mulher e o seu melhor amigo. No primeiro esta cena, que no livro ocorre em Manderley, decorre estupidamente no carro a meio do inquérito policial, no segundo é ainda pior, pois chacina os diálogos, as reacções, tudo. 
O ambiente do livro é extraordinariamente envolvente. Achei admiráveis as descrições da imaginação catastrófica de Mrs de Winter, da sua insegurança e da sua timidez (características que depois explicam muito bem a aceitação de uma realidade, que para a maioria das pessoas seria chocante, mas que para ela foi uma feliz revelação pois queria dizer que o seu marido a amava). Nunca tinha visto nada assim num livro, claro que isso nos filmes também se perdeu. Imagino que adaptar um livro de 400 e tal páginas para o cinema não seja a coisa mais simples de fazer, mas a versão de 2020 alterou a essência das personagens, porque actualmente não se podem contar histórias de homens com 43 anos que casam com uma miúda, que nem 20 teria, que a maltrata e é ela quem lhe pede desculpa, mas dever-se-ía.

Vi dois episódios da série Quantum Leap, é fraquita, mas tive curiosidade, pois a série de 1989 foi uma das minhas preferidas quando era miúda, se revisse agora, certamente seria uma desilusão, mas houve um verão em que ía a correr da praia para casa, para não perder um episódio.

Enquanto costurava, vi/ouvi a nova temporada de Glow Up, a vencedora foi a minha predilecta desde os primeiros minutos. Adoro ver o que conseguem criar.

Estou quase, quase a terminar a manta de Natal. Tenho uma estrela quase terminada.